Um
beijo
salga
a pele dourada
e
eu
num
enlevo sem meneio
reponho
em dobro
nos
lábios assim humedecidos.
Se
o beijo falasse
teria
cores que as palavras não têm.
O
beijo
que
abraça
os
corpos em combustão
fósforo
em reviravoltas constantes
no
dever inalienável
do
beijo sem pudor.
Na
alvorada-beijo
pelas
costuras do beijo,
o
beijo-espada que emulsiona a alma
o
beijo pulcro,
até
se deslaçarem as fronteiras
do
beijo-noite.
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