1.4.17

Fundação

Deixar a safira mais valiosa
amarrotar os irremediáveis nós de chumbo,
doravante desatados
e já não nós. 
No emaranhado de palavras duráveis
junto à praça onde as cotovias se aquartelam
na pose altiva de quem ensina
balbuciam-se,
sílaba a sílaba,
as palavras-mestre
os beijos amuralhados
sob o olhar dos sentinelas sem sono 
com as armas terçadas
no tabuleiro das proezas. 
Nas paredes frias
passam as mãos aveludadas
e as paredes enfeitiçam-se
com seu calor. 

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