2.4.17

Máquina de engomar

Na lombada da geografia
danço
mesmo com o desjeito sabido
e vou,
com o vagar preciso,
envelhecendo nas veias visitadas. 
Na rotunda dos saberes
ponho as vírgulas no sítio
penteio os sapatos gastos
aprendendo à custa das lágrimas
no sumo recolhido dos frutos apanhados
das árvores remotas. 
E deito-me
já noite
com o inexprimível esgar 
patrono do sono prometido.
(Dispensando anjos
que têm outras empreitadas
com mais água pela barba.)

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