Consigo a alquimia
no longo mar que se oferece
no possível infinito diuturno.
Arranjo os modos
de compor o sangue em ebulição
domando-o à boca de cena
contrariando os presságios
em anulação das angústias a destempo.
Não me serve o estertor
como não servem as fantasias órfãs
nem os importantes desenhos do tempo
com suas estrofes aformoseadas.
Na mesa
vejo os despojos
as cicatrizes fechadas
que avivam as marcas emolduradas.
Trago no pensamento a luminosidade original
a espada bastante para cercear os incómodos.
Dessa alquimia quero-a imorredoira
o lancil de onde me projeto
no largo amplexo do mundo
por meus braços recolhido
com a rima das ondas iracundas
que desfazem a lisura das areias.
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