As compensações.
Um jogo.
Estafeta entre o ardil e o nó górdio.
Aventam-se as hipóteses.
Elucubra-se.
Na autoestrada dos inverosímeis destinos
a sinalética das hipóteses
debate-se no intemporal vagar da dúvida.
O ultraje disfarça-se de ousadia.
Os ares límpidos da oportunidade
ocultam a adulteração dos sentidos.
No jogo tumultuoso
onde as nuvens temperam o despautério
confundem-se os lados
intersetam-se as palavras com seu sentido
antagónico,
em invisíveis paradoxos.
No desdicionário dos sentidos
jogam-se as compensações
no tabuleiro onde a consciência
toma timorato lugar.
São um arremedo de satisfação.
Só aproveita aos convolados
em seus interiores sobressaltos.
O mal está feito.
Não é remediado por arrependimentos.
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