Um asterisco revolitava
nas laterais partes da página
e por mais que fosse a diligência
teimava em não se deixar apanhar.
Se ao menos lhe pusesse as mãos
e pudesse virá-lo do avesso
só para ver de que matéria era feito
ou se escondia
mensagem subliminar.
Mas o asterisco era viscoso
– fazia lembrar as enguias
que só se apanham na mercê de um pano.
Ainda deixei que uma ideia insinuasse
que o asterisco é como a baunilha.
Não sei
se era o sono a vencer-me
mas não consegui desemaranhar a metáfora:
ainda hoje
está por determinar
a causalidade entre um asterisco e a baunilha.
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