Dos juramentos hasteados
não tinha conhecimento.
O baço nevoeiro pretérito
travou o compêndio
e todo o cimento se estilhaçou
nos degraus atapetados a musgo.
Não tinha do porvir
imagens fundadas.
Respirei fundo
– como se estivesse à míngua
do enraizado, húmido húmus
do seu aroma acastelado
nas nuvens deitadas no chão.
Amarelecido o corpo
não desisti das encomendas anotadas
em pergaminhos solenes
(aos que tinham
a memória
como marca de água).
Duvidei dos versos incompletos;
quis um tira-teimas,
pois incompletos pareciam sempre ser
todos os versos:
não era tempo para ontologia.
Esquadrinhei as folhas gastas
perguntei aos ventos dominantes
insisti na serena hermenêutica da espécie,
sem dar o flanco às demandas escatológicas,
sem me perder nas complexas tardes
onde o pensamento,
demorado,
especulava.
O tempo amaciou-me.
E nem assim
sei como se faz,
no que às lides diz respeito,
com o fantasma que adeja
com sua irrecusável espada
sobre o alpendre onde tudo é
imorredoiro tirocínio.
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