Nomeio os medalhados,
personagens escrupulosas
tementes
“bons pais de família”
(para usar a arcana fórmula jurídica).
Não conspiro
nos interstícios das máscaras
que envergam:
a justeza da escolha assim impera.
Confeciono interrogação lateral:
se não ostentassem máscaras
seria capaz de justa escolha?
Não é tempo de elucubrações estéreis
– sobreponho à interrogação,
deste modo considerada estéril
(para os devidos efeitos).
A nomeação espera,
em palco.
Vejo as atenções vertidas
em minha lúcida perícia.
Adio a perícia
Pois assim exige o cânone da lucidez.
Não era estéril
a elucubração demandada.
Imponho exercício epidérmico
(e não é para efeitos estatísticos):
mando levantar as máscaras
e desafio a imparcial perícia que me espera.
Ainda hoje
fiquei sem saber
a resposta.
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