3.2.19

Ferrolho

No banquete dos servos
a mão pesada do suserano
disfarçada de benevolência:
malquisto mundo este
viciado em viciantes dependências
imprimindo no rosto dos súbditos
a marca de água do eterno agradecimento
por de tresmalhados rebanhos se eximirem,
ordeiramente à ordem dos senhores;
para as moedas,
e como tinta-da-China do apascentar,
os rostos de suseranos
imortalizados em sua benevolência.

No banquete dos servos
coalesce a pútrida contrafação dos homens.
Entre esgares que são máscaras
e a indulgência da insciência
crepita a autoridade dos senhores
sob o beneplácito da autocracia invisível.

Oxalá a história servisse
para a emancipação dos homens.

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