As contas não estão erradas;
é a matemática que não dá o desconto,
este alçapão escondido
que apanha à falsa-fé.
Não espera pela demora,
a matemática:
hei de consultar os deuses sem paradeiro
perguntar se o inventor da matemática
não era um perjuro.
Terei a certeza que os deuses
apesar de não terem paradeiro conhecido
hão de responder à chamada.
Flibusteiros
são os conservadores da matemática
(conservador, como o que conserva)
e não há maneira de os enviar para o formol
onde deviam repousar há décadas.
Tenho a certeza:
os deuses acompanhar-me-ão nesta demanda
e dirão
se preciso for
(na batuta da minha vontade)
que trinta e quatro vezes cinco
dá cento e oitenta
(inflacionando a matemática,
o que, em vendo bem o fruir das coisas,
tanto pode ser boa notícia
– no caso dos réditos –
como má nova –
seremos mais velhos antes do tempo).
Sem comentários:
Enviar um comentário