Invento um modernismo.
Apetece um modernismo
um que seja só para mim
(não é egoísmo).
Um modernismo sem espelho
que não silabe em preconceitos
a primeira e a última hora
escrito na efemeridade de uma hera outonal
efémero como são as modernidades.
Nem que seja asneira
ou atavismo pela lente alheia;
que é o que menos importa
(a modernidade,
que não estou em dia
de ser desagradável para os outros).
Deixo o pensamento em roda livre
à procura do paradeiro da modernidade:
é assim tão importante
sermos tutelados pela modernidade?
Há os que se projetam na posteridade
os que conservam pergaminhos conservadores,
atados ao pretérito
(seu casulo contra a modernidade).
O pensamento voga para a distração
esquecendo-se da pergunta de partida.
Ainda bem que assim foi.
A demanda pela modernidade
é um pastiche sem serventia,
um psitacismo imberbe.
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