Joga-se o império
no palco decadente.
As areias movediças
despojam os guerreiros.
Sem armas
ficam à mercê do amanhã,
julgados pelo pretérito.
Terminais,
querem de refeição
um módico de piedade.
Os algozes não esperam
por sinais divinos
enquanto se demoram
amesendados
nos despojos dos perdedores.
Sem que saibam
encaminham-se velozmente
para a vertigem de um abismo
que consome os soberbos.
Dos passos trocados
entre vencedores desarmados
e perdedores à espera de condenação
não sobra ninguém.
A História fica omissa
por demissão dos seus atores.
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