17.3.21

Montra

[Ólafur Arnalds, “Re:member”]

 

Rasgo o céu com um verso órfão. 

Deixo à mercê da boca quente

o gelo sem pátria,

o vulcânico pedaço na maré baixa

a tocha nas mãos a povoar o entardecer. 

Deito ao céu

a jura que se amotina

e da carne íntegra tenho a medida certa,

as palavras de que sou embaixador.

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