Vulgo
o carcereiro da sorte
contra o cão que mija no desdém
sob a vista atenta
do Morfeu (que estava) atrasado
deixando em pulgas
a esgrimista adónica.
Vulgo
a mortalha caída na linha do metro
enquanto o cego balbuciava
uma cançoneta dos National
e as colegiais ignoravam,
exiladas no casulo dos auscultadores.
Vulgo
o peão anónimo
em andanças contra a vida
enquanto a vida conspirava
(na maneira de ver do peão anónimo)
na borda de um pão seco
esfarelado por um velho na ilharga do lago
enquanto o farsante
bem disfarçado
(ou não fosse o farsante)
se escondia dentro da gabardina XXL.
Vulgo
um teatro sem agenda
corrompe o povaréu indiferente
com mulheres nuas
desmúsica popularucha
e couratos banhados em unto
– só para ver
se a populaça comparece
(e para tirar as conclusões a preceito).
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