Dou de um nada
o vértice da sílaba gutural
e na enseada
estimo o vento que incendeio
à espera da locomotiva meã:
a acendalha para o chão molhado.
Vou de um nada
a aresta crua na gramática venal
e no promontório
coabito na lua centrípeta
à espera do murmúrio tenaz:
o musgo acastelado na silhueta das nuvens.
Há num nada
na pontuação da sede sideral
e no estuário
colho a maresia que esbracejo
à espera do céu dardejado:
a escrita em dia na partitura das mãos.
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