Este burocrático bocejo
partilha do mesmo bacelo
a matéria nua no póstumo adiar.
O medo desarmadilhado
concebe-se na ousadia dos imberbes.
Deitam-se os números ao acaso
e o rosto cobre-se de um verbo venal:
não há nada que possa ser mudo
na consoante que desimagina um dia
o fardamento puído no mar prometido
enquanto a boca fala e fala
às catedrais fingidas no meio dos espectros.
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