As
bandeiras sem vento
despojam-se
do seu ser.
Murchas
arqueiam-se
sob o jugo farto
de
uma hibernação sombria.
Mortiças
cansam-se
de serem nada.
Não
se alimentam da ferrugem
dos
mastros que as albergam:
morrem
por si mesmas
domadas
pelo marasmo dos tempos
que
correm depressa na inversa proporção
da
inércia do vento.
Só
estão à espera de alguém
(piedoso)
que
as liberte do peso morto que são
e
as devolva
ao
baluarte das simples memórias,
contra
a conspiração do vento poltrão.
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