Uma gota líquida de ouro
vertida dos olhos sem sono
à medida do tamanho das montanhas.
Dizem que uma aura lúcida
penhora os descaminhos causados
pelos neófitos artistas sem rosto.
Ganha-se a veia reta
jurada em pratos rombos;
projeta-se a veia
até se aquietar num fluxo contínuo
deixando um tear liso e limpo
a servir de avenida.
Frondosa,
a avenida,
com suas árvores de fruto generosas
e os ramos abertos
como se fossem braços amplos
a convidar ao resgate das almas.
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