O
arco melódico
entra
no firmamento
sem
supor franjas inertes
na
tradução das inclinações serenas.
As
pedras não estão encardidas:
todos
os pés nelas passeantes
cuidaram
de as tornar alvas
purificadas
no desejo dos beijos
contumazes.
As
pedras dançam
remexem-se
remoem com
intensidade
os terramotos
interiores
os que já
tiveram tempo
e os que
estiverem por vir.
É na torre
bela
majestosa interpretação
das almas maiores,
das almas que
tudo compõem
com a prestidigitação
dos singelos dedos,
que as
paisagens se dilaceram
as lágrimas se
enxugam em lenços vivos
os freios se
libertam na magnífica orla da vida.
Na torre bela
onde a moeda
que conta
é a fruição
dos sentidos cunhados
nos mais
preciosos metais
enfeitados com
as flores macias
e com perfume embriagante.
Para
num êxtase
tudo se
entregar ao altar
onde somos
curadores da audácia
mestres na
destreza
que é dobrar o
braço ao risco
e às carantonhas
que são imagem sombria
sem esteios terem,
porque não
deixamos.
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