Longe
e de mais para haver lucidez
no restolho que, ácido,
deixa o entardecer sitiado
num entorpecimento banal.
Longe dos dias sabidos
numa lente desfocada à frente das mãos
sem saber das palavras reprimidas
o sal do seu insentido.
Recolhendo das igrejas refrigeradas
um sal
para pavimentar os sobressaltos tugidos.
Meto as mãos na luz clara,
adoçando a lonjura com a baunilha
dos dois-passos-já-adiante
que é a nossa casa.
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