Partia a alvorada com as mãos
vertendo no chão tugido
a seiva frutuosa.
Era o prémio pela madrugada estimada,
mas deletéria,
jurando às estrelas expostas em tela escarlate
que não haveria destemores
nem luares embaciados
que voltassem a tirar o freio às lágrimas.
Pois as mãos que ajuramentaram a alvorada
passaram a ser penhores de altivez merecida
dos cantares abnegados e inspiradores
dos céus esbracejados com espadas de bondade.
Para depois da meia-noite,
como se fosse o ártico sol que se não deita
a coroar uma singular aurora boreal,
fonte total do tempo coagido
entre as mãos sagradas.
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