O
rumorejo que se desfaz
na
embocadura do ouvido.
Deixando
corpos transidos
um
tremor de terra por dentro
na
justa medida do sol que entardece.
Os
ossos cansados
e
ao mesmo tempo
penhores
de um dia maior
estendidos
pelo chão à procura do sal deposto.
Ciciam-se
cantos leves à sombra das árvores
sobre
os pés restabelecidos.
No
mapa que se diz
das
entranhas desenhado em elípticas metáforas
confundem-se
os braços atravessados
num
amplexo percutido.
As
folhas rasteiras trazem um odor ocre
e
as narinas intuem o festim.
O
pano carmim
cobre
os corpos envergonhados
estende-se
na diagonal dos cantos da sala
o
pano carmim
à
espera que o palco se entronize
e
os corpos dancem a coreografia
desenhada
com dedos de ouro.
Os
despojos emprestam
um
canteiro de flores à sala.
Na
maré alta dos tambores doados,
mesmo
quando as estrelas destravam o olhar
e
o suor que enfraqueceu os corpos
se
transfigura no néctar esperado,
obra-prima
das mãos mestras arquitetas
da
ideal banda sonora.
O
resto
deixa
significado na fronteira da sala.
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