Vozes sem pavio
ardem em minha cabeça
sem deixarem cinzas
nem nada que estremeça.
Fugidias as vozes em murmúrio
pondo fim ao que nem começa
um fogo que se não vê
arranja palco para corpo que não tropeça.
De atalaia, não vão as vozes agigantar-se,
deixo que uma regra se estabeleça
para não deixar que vozes sem preparo
se habilitem a ser o que apareça.
Dando caça às vozes sem rosto
armado de espada que as meça
junto as pistas tossidas num mapa a preceito
até das vozes fantasma não sobrar peça.
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