Uma panaceia para os curadores da irrealidade.
Um tabuleiro de jogo
em forma de caravela dos Andes
enquanto bebem azevinho
de uma chávena em forma de amora.
Talvez se lhes dessem verbos de troco
à medida que o sol se descamisa
e a língua verbena se desfaz em adjetivos fartos,
a eles venha o crédito de uma romaria pueril
com sapatos de corda atómica
e uma melíflua granada de mão
mesmo a troar sobre o despensamento.
Estiolam-se os amparos nos cotovelos
dentro de um bule madraço
onde a água não ferve
e os joelhos beijam
os traseiros músculos das pernas.
Afadigam-se em pré-adolescente algazarra
os eminentes vultos da fábrica
onde a lúdica abjeção se lobriga.
Se pudessem
tiravam uma talhada da lua
e serviam-se,
acompanhada de licor de avestruzes.
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