Deste colostro
um viveiro fecundo
úbere das palavras
limiar dos nómadas,
trevo de quarto folhas.
Deste mangas
ao coloquial assinalar da data
um desfado cinemático
entre as sombras desenhadas,
xadrez sem regras.
Deste causa
à paráfrase sem curadoria
no metálico entoar dos fantasmas
nos diálogos surdos,
ponte suspensa sobre o vasto mar.
Deste olhar sem freio
acordo com as árvores
à espera do vento
na espera do que não tem espera,
o engenho que não precisa de invenções.
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