Quais eram os mandamentos
na viabilidade do tempo gasto?
“Valores”
– preceituava-se, à boca grande
contra os imperturbáveis agentes
da desordem.
Ninguém sabia enumerar os valores.
As hostes dividiam-se
entre os que não capitulavam
na demanda dos valores
e os que não tinham remédio
se não contemplar a aridez nas imediações.
Um dileto provocador interpelou:
“que interessam as fronteiras dos valores
se em cada um se aninha
o cimento necessário?”
Às duas por três
os deslimites antepostos no baraço do porvir
eram o valor
todavia não reconhecido como valor,
a fina aguarela selando
em tela frágil e ininteligível
o compêndio dos valores.
(Mesmo que se reduzissem a zero.)
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