Dentro do passaporte
a cidade
o veludo sem tecido
a argamassa do poder sem rosto.
Por dentro da cidade
o passaporte
do olhar sem limites
para colher nas pedras da calçada
um vestígio do ser sedimentado.
A cidade é passaporte
para incontáveis histórias por saber
que de muitas serem contadas
não chegam as páginas inventariadas
em passaportes sem rosto.
Pois às cidades
pertence o rosto
– seu passaporte.
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