Terra do nunca
de antes da madrugada
oblívio que rumoreja.
Terra de agora
do entardecer que cicia
memória que prospera.
Terra soalheira
dente de leão ao peito
avenida que desfaz farsas.
Terra quente
na manhã orvalhada
violino desenhado no céu raiado.
Terra das terras todas
o todo vazio
seara no viveiro das coisas férteis.
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