6.10.18

Afluente

Cumpre-se a vontade. 
A candeia acesa
abre as portas à profecia. 
O estremunhado rosto
desmente a planície emaciada. 
É o pulsar das veias. 
O pulsar das veias
em sua fermentação vertiginosa
que deslaça as teias montadas. 
Nas veias
onde corre o mar sem peias
o estuário na ignição da trovoada sentida. 
As lentes
já não desfocadas
amparam a latitude do olhar. 
Desembestada a infecunda erudição
aos pés 
o tumulto sadio
do mundo inteiro por apreciar.

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