Traz
o suor nas lágrimas
nas lágrimas retidas
sem serventia.
Pois no peito murado
sobressaem as grilhetas avençadas
os murros sem estômago
as trevas sem sombra
no opúsculo da fartura,
o miradouro.
Traz
um pregão do avesso
no avesso das palavras retenidas
no que seria
a heresia de um guru do marketing,
o pagão.
Traz-te
quimera de ti mesmo
profuso aluvião em leito suave
propositada função aritmética
na mímica lacustre encimando os dedos
e na véspera de um dia qualquer
justaposição de todas as coisa contrárias.
Traz ao caudal
o fortuito
o banal
o beijo untado a mel
as unhas que desenham nas costas
o lucro da alma sem peias.
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