Lição número um.
Esquecida.
Talvez não haja
lição número dois.
Que três sejam os esteios
onde as sereias desmatam
as marés.
Regresso à véspera,
ao zero antes do um.
Desnato as sombras altivas
chego ao planalto
onde medram as interrogações
o conforto das interrogações
sem o mórbido sopesar das certezas.
Se houvesse lições
certezas haveria
a perfurar o teto obstinado
onde convivem os cátedras.
Não havia lugar
a lições
como não havia lugar
a certezas
– a poluição transcendental
o poroso infortúnio
dos sedentos de conhecimento.
Não sejam encomendadas lições
ou o logro da coerência
será ardil sem fuga.
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