Em abono da armadura:
as setas todas
vertidas em remoinho
cavalgando no opróbrio a preceito
artilharia que sobrepesa no dorso
doses maciças de veneno
para não deixar peugada
– estivesse o dorso inquietado
estivesse a atenção contaminada
estivessem os generais da insídia
no recobro da consciência
de atalaia
imorredoiramente
aferroando as farpas lancinantes
enquistando bolbos purulentos
– o que não é o caso;
o
que
não
é
o
caso.
A armadura
é o sobrepeso que dispenso.
Deito o peito nu ao infortúnio
sem temerária aventura
sem iracunda desfeita dos medos
sem a estulta heroicidade:
apenas um peito
o devir
e o fogo cruzado
de que não há ninguém
que presa dele não se preste.
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