Rasguei o desbotado
convés enferrujado,
pesaroso.
Dentro da enseada
convoquei anjos
destemidos.
Sem chuva diletante
abracei luas
fecundas.
Oxalá sereias agitadas
abrissem alçapões
tumulares.
Daria do húmus
em ferida
proverbial.
A sempre possível
arte presumida,
aquartelada.
Desmatado o medo,
conservo rigor
matinal.
Servo a meio
da profecia
irrisória.
Sirvo em latitudes
desenhando fronteiras
implodidas.
Desobedeço ao oligarca
que bolça
despautérios.
A vassoura gasta
tem serventia
futura.
Do amanhã contumaz
arrefecido oráculo
infecundo.
Arrisco os dados
demencial empreitada,
vertigem.
Abrigo a meia-noite
em agasalho
promitente.
Dou de mim
a moeda
ajuramentada.
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