Um
aplauso mortífero
das
noivas ululantes em fúria noturna
dos
cães vadios em peregrinação errante.
Dizia:
“não
quero mais nada”
e
eu não sabia o que tanto tinha
para
mais nada querer.
Talvez
fosse modéstia
ou
apenas a ciência do desprendimento;
assim
como assim
tinha
acabado o combustível das palavras
e
as fontes secas não eram bom presságio.
As
mãos à cintura
em
pose triunfal
esquadrinhavam
o desejo das areias lúcidas,
das
areias puras sem pedras por perto.
Um
volante podre perdido nas dunas
deixava
ao de leve um museu de desalojamento
como
se as areias não tivessem fim
e uma lareira ardesse por dentro do peito.
Regressava
ao aplauso,
talvez
sentido sua falta
(ele
dantes dispensado).
Uma
rosa-dos-ventos com o pé partido
queria
girar sob a força do vento:
a
decadência não deixou;
a
última nesga de metal sem ferrugem
foi
contaminada
e
a rosa-dos-ventos soçobrou.
Amanhã
terminado
o tirocínio das nuvens
talvez
voltem
os aplausos incendiários
as
areias calmantes
um
volante restaurado
e
uma rosa-dos-ventos nova em folha.
Talvez.
Sem
aplausos.
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