Não quero saber
das coisas que
beijam o véu da certeza
das coisas que
se não importunam
com interrogações
incómodas
das coisas
alindadas no caule da luz clara
das coisas
fermentadas
em ciência por
falta de comparência.
Não quero saber
das coisas que
de si se sabem
na soberba
enjoativa dos categóricos
na velada
incandescência da razão imperativa
descontinuando a
desrazão heurística.
Não quero saber
das coisas
perfeitas e pútridas
das coisas belas
e castradas
das coisas
entronizadas sem chão firme.
Não quero transitar
no mapa seguro
das coisas seguras
no mapa sem
rugas na negação da idade.
Não quero saber
de coisas que não
querem saber
das coisas que sobre
elas
arqueiam o mar
de indecisões.
Sem comentários:
Enviar um comentário