Provavelmente
a
loucura batia com os dentes
e
a pele anestesiada abraçava-se ao afluente.
As
manhãs sem tempo
dobravam-se
no xisto amparado
sem
desnorte que se visse nas redondezas.
Mulheres
de meia idade
estendiam
a roupa na varanda
enquanto
um talvez ministro passava
estrepitoso
com
a demais comitiva ruidosa
e
um gato imperturbável dormia no parapeito.
Sentado,
sem
pressa,
lia
o jornal com vagar.
Amanhã
seriam notícias iguais.
A
repetição da loucura sem rosto.
Da
loucura que ninguém repara.
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