Desembrulhei-me
das costuras que tenho
(se
é que consegui):
não
tenho noção do que vejo
ao
me parecer
que
de fora de mim
não
consigo ter noção do que sou.
E
dizem
os costumes
sanciona-se
a necessária transfiguração
quando
os ossos batem nas gastas paredes
e
as veias se incineram
num
viés qualquer.
Se
pudesse
não
vivia armadilhado
em
um eu e o seu diferente:
não
tenho espaço suficiente
sequer
para
albergar o que de mim se apoderou
essa
cornucópia que faz as coisas complexas
o
barro inerte, inamoldável.
Vistas
as coisas desta feição
talvez
me reste deitar no mar vago
e
sem rezas que cheguem
povoar
o resto com umas pinceladas ao acaso.
Já
tenho tempo que chegue
para
não acreditar em menos.
Um
ego alter
na
alteridade impossível
é
um mais
que
transborda do copo capaz.
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