Tinham
razão
os
druidas modernos:
queriam
arredondar os números
pois
deles sobravam demónios inteiros
em
corpos primos.
Tinham
razão
os
melómanos inveterados
o
silêncio só cansa os ouvidos destreinados.
E,
contudo,
nos
mapas antigos
com
os limites algo impuros
e
sem o tirocínio do GPS
fruía
a estética dos sinais
contra
a heresia dos turistas.
As
guitarras com sons selvagens
arranhando
os ouvidos impreparados
desenhavam
as paisagens
enquanto
o pensamento se entretinha
à
escuta.
Talvez
sejamos
sem
saber
druidas
melómanos
turistas
e,
quem sabe,
tenhamos
um pouco de geógrafos.
Por
junto
e
nas areias limítrofes
arranjamos
a lenha molhada
contra
os penhores dos tempos ancestrais.
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