No
vértice da tarde
onde
o chão arruma a bruma
pelo
módico esgar de um mendigo
deitam-se
ao céu preces sem autor.
As
ondas venais
sem
areia para beijar
desfazem-se
no cais antigo
à
espera de um vento soberbo
que
as faça aportar no lugar cobiçado.
Na
embocadura do rio
As
barcaças arremetem contra a corrente
engolindo
a espuma das ondas
que
vencem o braço de ferro com o vento.
E
a noite tremenda
esbracejando
o luar alvo
abre
as cortinas
para
a loucura sem quartel.
Os
vendilhões afinal não o são.
Sobram
as côdeas esfareladas
do
baraço rutilante
que
amordaça
todos
os pesares sem estima.
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