A vela do navio por
mim adestrada
rompia o vento e
as marés
dentro de um
casulo amuralhado.
Via-me
marinheiro
nos mares todos
os conhecidos
e os que
inventasse
sob a condição
de o sextante
ser mapa sem segredos.
Marinheiro, eu
apostando com as
ondas do mar
tirando a justa
recompensa de cais esporádicos
apostado em ir
até onde o mundo
tivesse fim
para provar que
fim não tinha.
As gotas dos
mares
em seus sabores
almiscarados
esmagando-se em
meu rosto sedento
tutoras dos lugares
desarvorados.
Não era certa a
data do regresso.
Não era certo o
regresso.
Queria lá saber:
no dote pujante
dos mares demandados
sabia nascer os
dias todos
penhor das
pedras preciosas
escondidas no avesso
das mãos.
O segredo
afinal
estava embutido
no leme da nau
sob minhas mãos.
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