De hoje
sobra o sedimento apurado
nas fronteiras do sentimento.
De hoje
trago ao peito os lugares devolvidos
num promontório esquecido.
De hoje
atiço
ideias sem a poeira do
amanhã
enquanto me despojo das ruínas.
Do hoje
sem ontem a arquear
nem amanhã
diletante
prometo destronar
a candura das velas acesas
dos mastins esfaimados
que se atiram à carne e ao sangue
dos profetas desapossados
em preparos desassisados
dos mandantes sobranceiros
das árvores
sem fruto
da
ira sem serventia
das campainhas
estouvadas.
Do hoje
sem peias
sem pejo
no lauto jantar
à
minha espera.
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