No insaciável anseio
de os olhos cobrirem a maior
parcela das coisas
debati-me com o sufrágio da utilidade.
Seria uma ambição
(por assim dizer)
ufana
o narcísico poder de
ostentar
a usura das muitas paragens
demandadas
– ou de como o vento preso nas mãos
transborda num imenso nada.
(Como os aspirantes a
eruditos
esbracejam erudição de almanaque
só para apoucarem os
demais
e se elevarem a um púlpito
de onde os olham com
sobranceria.)
Talvez sejam bastantes as metáforas
o encadeamento dos materiais
entrelaçados,
já sem possibilidade de os distinguir,
a jeito dos olhos todos
que por junto
não são desafiados ao
desconhecimento.
A tirania do orgulho
projeta na tela amarelecida
a fragilidade dos imberbes
dos que não se contêm dentro
dos seus limites
(porque neles despertencem)
e atiram para o estirador dos
outros
as cores que nem eles sabem ter
uso.
Admita-se:
dos males maiores
o garbo das
proezas
para consumo exterior dos seus
fautores.
(E daqui já se descontam
as proezas dos mitómanos
sem emenda).
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