na véspera
da ira sem medula
enquanto atiro o céu emaranhado
para os despojos da memória.
Não
quero saber
das curas antecipadas
não
procuro se não um baluarte meu
onde possa o sono lançar âncora
onde possam as nuvens sombrias
ser um pedaço,
passageiro.
Espero que as desmedidas
se inclinem ao chão de flores
que é
meu habitáculo.
A tempestade
não
colhe entre os caules profundos
onde se esteiam os olhos fundos
onde os escombros
têm sepultura
e onde se escondem
os dedos outrora murchos.
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