4.3.17

Os nomes

Não digo
o que dizem os nomes
entre a espuma do mar
e o escafandro da tempestade. 

Não sei
se os nomes se atiram de frente
contra o cais ferido pelo mar iracundo,
ou se descansam em seu manto liso. 

Não quero
que os nomes se enfeitem
no desassossego perpétuo
e sejam equívocos num palco sem chão. 

Os nomes 
narram os vestígios de peito aberto
e são lembramos como selos perpétuos
na roda viva,
imparável. 

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