Um porventura beato obnóxio
terçou
armas ferozes
sarcásticas
contra os arquipélagos que o sitiavam.
Manobra de diversão
ou simples engasgar de sobrevivência
ninguém
(a não
ser o próprio)
podia certificar.
Era um daqueles dias repetitivos:
o agente convencido
que o demais mundo,
imensa teia conspirativa,
e ele sua vítima predileta.
Um dia
orquestrou sua vingança:
haveria
de sequestrar o abastecimento de água
jurar-se informático pirata
e tirar os sentidos à rede elétrica
contaminar com os piores vírus
a rede informática
para que as pessoas se sentissem
outra vez
como nos medievos tempos:
sedentárias
sem remédio,
espalhando o caos
subtraindo as interiores bússolas
que conferiam sentido às pessoas.
Não
revelaria a identidade do crime
(que muito prezava a liberdade)
nem pediria resgate.
Só
queria
por um dia inteiro fora
os modernos devolvidos à medieval era
como paga
de o terem inundado com tanta,
e pungente,
modernidade.
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