Não são as
heresias
que matam o
mundo.
Deixem os chapéus
aninhar-se
depois dos prolegómenos
pristinos
e as cavalgadas
loucas tomarão sentido.
Houvesse alfândegas
caídas
e os homens
armados andassem nus
as palavras só
seriam ditas se fossem honestas
as noites
fossem brancas quando apetecesse
as paredes das
casas, caiadas e lisas,
não fossem
timoratas
e houvesse
vontade para desaprender
e depois voltar
a aprender
como se tudo
houvesse para aprender.
A língua franca
entronizada
e os gestos
espontâneos
as palavas
sentidas,
sem pesar
e o céu sem ser
um fardo a amofinar o corpo
e as coisas
todas fossem inteiras
no possível e no
impossível
até que não houvesse
lugares ermos
e as homenagens
fossem distribuídas a eito
equânimes
no desembaraço
dos corpos
desatados de seus freios
mercê da língua
franca
toda ela franca,
leal.
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