Aparte os
desvios tardios,
a vigorosa árvore,
fecunda,
emoldura o
sorriso sedento
no rosto gentil
que espera.
Aparte os gritos
sentidos
as vozes
cavernosas
irrompendo da baía
das palavras
onde se ensaiam
as varandas feéricas
as lembranças
dos rios caudalosos
as lembranças do
tempo cheio:
o tempo
de que ainda não
temos medida.
As pedras duras
não são embaraço:
tecemos as teias
que correm
nos corredores
paralelos
onde a vertigem
dos olhos famintos
estreita as
paredes até se poderem abraçar
com as mãos
caçadoras.
As pedras duras
esmioladas entre
a mansidão das palavras
e nós,
alquimistas supremos,
cuidamos do
trono que pertence
às mansas
palavras.
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