27.6.17

Maratona

O refrão
na fábrica dos sois matinais.

Tira-teimas
entre lenços fartos das varinas.

A manhã
refém do nevoeiro baço.

Os toiros
sem hastes limadas, predadores.

O penhor
das esvaziadas concavidades da lua.

O leitor
dos mares de atalaia.

Tinta da China
em cima de desenhos fracassados.

Uma jura
sem testemunha.

O punhal
desafiado.

O punhal
esventrado no seu teor.

A véspera
dos lagares lavados.

O navio
desenhando o mar visível.

A tempestade
perfeita.

O abraço
no desembaraço das almas.

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