Uma
herança
em
forma de gancho
pendurada
sobre
o tempo desandado
num
murmúrio delongado
(como
se fossem prantos de viúvas).
A
herança arqueia-se
pesa
sobre as costas dobradas
espalha
os vidros estilhaçados
na
honra vetusta desaguando no nada.
Vem
isto a propósito
do
mesmo nada
em
que desemboca a herança recebida.
Somos
o património
que
em nós cresceu.
Deserdamos
as heranças
e
não somos indignos
de
quem as legou.
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