Ano zero.
Disfarço-me
de vulto.
Porque os
vultos não contam
e zero é o
vazio a condizer.
A espera
pelo ano depois do zero
é a
mordaça que sacia o vulto.
Não se
sabe
se zero é
véspera do um
ou apenas
um
labirinto sem porta de saída.
Entretanto
pode ser
que acorde
e o pesadelo
se dissolva na água matinal.
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